Graças a uma infraestrutura cada vez maior para apoiar a disponibilidade instantânea mundial de informações, a globalização dos mercados está se acelerando. E, no entanto, muitas empresas não conseguem reconhecer as incríveis oportunidades de receita e crescimento que surgem, bem como as enormes ameaças potenciais representadas por essa tendência imparável.
A globalização criou e segue criando mercados mundiais ávidos por adquirir novos bens e serviços até então indisponíveis ou limitados. Entretanto, também aumentou a pressão da concorrência em muitas ordens de magnitude e estabeleceu um jogo de pique-esconde entre mercados e fornecedores, tendo como playground o mundo todo. Os empresários já não podem esconder-se confortavelmente nos seus mercados locais isolados, controlados e previsíveis e os Clientes pegaram o gosto por procurar ofertas além da sua localização geográfica: o mercado mundial vive hoje no quintal de todos nós e é inevitavelmente global e aberto.
Como resultado, a pressão para se diferenciar de um número crescente de alternativas em todo o mundo também está aumentando. Muitas empresas estão tentando fazer isso agrupando “um pouco disso com um pouco daquilo”, por assim dizer, e proclamando que essas montagens de recursos ou serviços são uma “solução” – como se essa palavra fosse algum tipo de mágica invencível para afastar a ameaça iminente da comoditização que já incomoda a todos.
Ainda estamos aprendendo a lidar com a nova concorrência
E, mesmo estando em 2023, já com décadas de início dessas mudanças, ainda lutando para nos transformar “no algo novo” que nos recoloca no caminho do sucesso.
Como debato na minha capacitação “Módulo 0 (ZERO) – Organização Centrada na Solução” , a abordagem de “pseudo-solução” não funciona muito bem, se é que funcionou em algum dos mais de 20 anos que vem sendo experimentada por muitos. Nesse tempo todo, muitas empresas que venceram e surfaram essa onda, reconheceram que, para competir efetivamente no mercado global, as organizações precisam primeiro mudar algo muito mais fundamental, de uma forma mais realista e profunda: a maneira como percebem a si mesmas – achando as coisas – e as necessidades dos seus Clientes – realmente descobrindo-as com eles.
Nos tempos atuais, onde uma empresa artesanal do interior de qualquer país se tornou uma concorrente global, temos de rapidamente reconhecer a espada de dois gumes da globalização que paira sobre nossas cabeças. Por muitos anos, muitas empresas bem-sucedidas em todo o mundo, desfrutaram da merecida reputação de fornecer produtos de tecnologia de ponta aos seus Clientes, conseguindo até mesmo, em muitas situações e de muitos lugares, apoiar com um serviço de classe mundial seus Clientes.
No entanto, ao longo do tempo, percebemos que só poderíamos manter uma posição de liderança e, consequentemente, manter nosso crescimento e ganhos de receita, superando as pressões cada vez maiores da comoditização e da concorrência global. Nesse caminho, muitas empresas conseguiram mudar o foco de ser “centrada no produto” para “centrado na solução”. As organizações que fizeram essa mudança, hoje se definem não apenas pelos produtos ou serviços que oferecem, mas pela forma como resolvem os problemas de seus Clientes.
E todas as empresas que fizeram essa mudança organizacional em direção a solução, já perceberam o impacto que conseguiram empreender em seus negócios após essa mudança fundamental, e hoje não somente sobrevivem, mas se expandem e crescem.
Boas vendas e bons negócios!
Nota do Satyro: Esse texto pertence a Abertura da minha apostila da capacitação: “Módulo Ø (ZERO) – Organização Centrada na Solução”.